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História não contada - A descoberta do Café

 


O café é de origem africana, de uma região chamada Abissínia, hoje a Etiópia. 

Por volta dos anos 800 haviam muitos mosteiros nos arredores de Abissínia. Os monges pastoreavam cabras pelas planícies e depressões da localidade e em certa ocasião um monge de nome Kaldi observou que as cabras ficavam agitadas quando ingeriam certo tipo de frutos. Intrigado e curioso, o  monge decidiu provar os frutos e percebeu que tinha mais disposição e energia quando os ingeria. Kaldi levou para o mosteiro um pouco dos frutos e os apresentou a outro monge que decidiu consumi-los em forma de chá ao que ele percebeu que a bebida o ajudava a permanecer acordado durante os períodos de orações e meditações noturnas. Rapidamente a informação se espalhou por outros mosteiros, criando uma procura pela planta.


No decorrer dos tempos a bebida foi levada até Constantinopla, atual Istambul, pelo império Otomano, sendo aí fundada a primeira cafeteria da história.

Os árabes apelidaram a bebida de "qahwa", que significa vinho, sendo assim conhecido como "O Vinho das Arábias". A bebida era consumida in natura em momentos especiais, quando em 1555 é feita a colheita de ramos da planta que são colocadas em cima de uma chapa quente, ao acaso. O delicioso aroma que conhecemos hoje de café torrado chamou a atenção de todos, passando assim a ser consumido o café torrado.

Os árabes consomem café até hoje com especiarias como canela, cardamomo, cravo e anis.

Por muito tempo os árabes detinham o monopólio da cultura do café, sendo guardada as sementes em sigilo para que nenhum povo conseguisse planta-lo. Os europeus consumiam a bebida servida pelos árabes e se deliciavam com tamanha magia que o café lhes proporcionava.

Os primeiros a conseguirem grãos que germinaram foram os mercadores holandeses que convenceram o governo a planta-lo em Java, quando a ilha ainda estava sob o comando holandês. Com o aumento da procura, o sol e a terra fértil da ilha produziram colheitas abundantes. Os holandeses adentraram a Ilha de Sumatra e em pequeno espaço de tempo o cultivo do café foi disseminado pela América Central tendo início no Suriname. A porta de entrada do café no Brasil foi pelas Guianas através de um militar luso-brasileiro chamado Francisco de Melo Palheta no ano de 1727 em Belém no Pará.

Em cursos de barista, seleção e degustação de cafés, blogs e até em artigos acadêmicos é citada a história de Francisco de Melo Palheta de forma resumida gerando discussões e contradições sobre o assunto que sempre é falado de maneira superficial.

Ladrão para uns... Herói para outros.

Mas isso é assunto para o próximo artigo. 

Posso contar com você? Então deixe um comentário da sua experiência com o café e siga o blog para não ficar de fora do próximo artigo!

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Cheiro e gosto de Natal I Pão de Mel

Engraçada a história das coisas, sempre tem mais de uma versão e eu fico pensando o porquê de tão contraditório fato. Seria muito mais fácil contar a origem de alguma coisa com apenas uma versão, mas isso não contribuiria para a imaginação brincar e fluir diante dos nossos olhos.

Com o pão de mel não é diferente. 

Alguns dizem que o pão de mel surgiu na Rússia e era chamado de Pryaniki. Era feito de farinha, mel e um pouco de suco de frutas, sendo mais tarde adicionados outros ingredientes como as especiarias. De geração em geração a receita foi sendo passada e em cada localidade russa havia uma forma diferente de fazer o pão. Em algumas regiões eram feitos em formatos de animais e utilizados para enfeitar a árvore de Natal. Em outros locais eram oferecidos como presentes de casamento e em festas e em outros eram assados em forma de anjos e oferecidos para pessoas que estavam enfermas, como um desejo de cura.

Na outra versão da história o pão de mel é um doce tradicional da Europa feito a base de mel - claro - farinha, chocolate, ovos e especiarias. Depois de prontos são banhados em chocolate. Segundo a tradição o pão de mel surgiu quando os europeus descobriram que o pão feito com especiarias podia receber uma camada de chocolate derretido, prolongando assim seus sabores e sua umidade.

Hoje em dia o pão de mel é conhecido em diversos locais do mundo e em cada localidade recebe um tipo de recheio diferente.

Russo ou europeu o pão de mel é tradição natalina aqui em casa e sempre que vem se aproximando as festas de final de ano eu faço os queridinhos pães de mel com a receita que vou disponibilizar nesse artigo.


Faço essa receita há anos e posso garantir que é sucesso!

Pão de Mel

Ingredientes

  • 3 xícaras de chá de açúcar mascavo;
  • 2 xícaras de chá de água;
  • 4 ovos - claras e gemas separadas;
  • 1/2 colher de café de cravo da Índia em pó;
  • 1/2 colher de chá de canela em pó;
  • 1/2 colher de chá de gengibre em pó;
  • 4 xícaras e 1/2 de chá de farinha de trigo;
  • 1 xícara de chá de leite;
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio;
  • 1 xícara de chá de mel;
  • 2 colheres de sopa de cacau em pó;
  • 500 g de chocolate fracionado ao leite derretido;
  • Pasta americana nas cores desejadas.

 Modo de fazer

 Em uma panela, em fogo médio, cozinhe o açúcar mascavo e a água até formar uma calda dourada. Retire do fogo e deixe esfriar. Na batedeira, bata as claras em neve e reserve. Na calda reservada, junte as especiarias, as gemas peneiradas e a farinha de trigo, mexendo. Acrescente o leite, o bicarbonato e misture. Adicione o mel, o chocolate em pó, as claras em neve reservadas e mexa delicadamente. Distribua a massa em 36 forminhas para pão de mel, untadas e enfarinhadas, leve ao forno médio, preaquecido, por 20 minutos ou até dourar levemente. Retire do forno, espere amornar e desenforme. Banhe os pães de mel no chocolate derretido, escorra o excesso e deixe secar sobre papel manteiga. Decore com pasta americana nas cores desejadas para fazer motivos natalinos.

Assista esse vídeo para ter acesso em como fazer os pães de mel.








Beijinhos e até a próxima!

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