(...) Crenças e escolas quedam-se dormentes
Retraindo-se por hora na suficiência do que não, mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo, com energia original.
Casas e cômodos cheios de perfumes, prateleiras apinhadas de perfumes,
Eu mesmo respiro a fragrância, a reconheço e com ela me deleito,
A essência bem poderia inebriar-me, mas não permitirei.
(...) Nunca houve mais iniciativa do que há agora,
Nem mais juventude ou idade do que há agora,
E jamais haverá mais perfeição do que há agora,
Nem mais paraíso ou inferno do que há agora.
(...) Clara e doce é minha alma e claro e doce é tudo aquilo que não é minha alma.
Faltando um falta o outro, e o invisível é provado pelo visível
Até que este se torne invisível e receba a prova por sua vez. (...)
(...) Devo adiar minha aceitação e compreensão e gritar pelos meus olhos,
Para que deixem de fitar a estrada ao longe e para além dela
E imediatamente calculem e mostrem-me para um centavo,
O valor exato de um e o valor exato de dois, e o que está à frente? (...)
Traiçoeiros e curiosos estão à minha volta
Pessoas com quem me encontro, os efeitos que a minha infância tem sobre mim, ou o bairro e a cidade em que vivo, ou a nação,
As últimas datas, descobertas, invenções, sociedades, autores antigos e novos,
Meu jantar, roupas, amigos, olhares, cumprimentos, dívidas,
A indiferença real ou fantasiosa de um homem ou mulher que eu amo,
A doença de alguém de minha gente ou de mim mesmo, ou ato doentio, ou perda ou falta de dinheiro, depressões ou exaltações,
Batalhas, os horrores da guerra fratricida, a febre de notícias duvidosas, os terríveis eventos;
Essas imagens vêm a mim dia e noite, e partem de mim outra vez,
Mas não são o meu verdadeiro Ser.
Pessoas com quem me encontro, os efeitos que a minha infância tem sobre mim, ou o bairro e a cidade em que vivo, ou a nação,
As últimas datas, descobertas, invenções, sociedades, autores antigos e novos,
Meu jantar, roupas, amigos, olhares, cumprimentos, dívidas,
A indiferença real ou fantasiosa de um homem ou mulher que eu amo,
A doença de alguém de minha gente ou de mim mesmo, ou ato doentio, ou perda ou falta de dinheiro, depressões ou exaltações,
Batalhas, os horrores da guerra fratricida, a febre de notícias duvidosas, os terríveis eventos;
Essas imagens vêm a mim dia e noite, e partem de mim outra vez,
Mas não são o meu verdadeiro Ser.
No passado vejo meus próprios dias quando suei através do nevoeiro com linguistas e contendores,
Não trago zombarias ou argumentos, apenas testemunho e aguardo.
(...)
Poema Canção de Mim Mesmo do livro Folhas de Relva, página 49 - Walt Whitman.

Que beleza de post nos trouxeste,Juni! Lindo e bem apresentado! Importante conteúdo! bjs, chica
ResponderExcluirOi Juni,
ResponderExcluirMuita linda a sua mensagem,e as fotos também.
Obrigada por compartilhar conosco!
Bjs
Olá Juni!
ResponderExcluirLinda mensagem que faz a gente pensar...hoje mesmo estou em frente ao computador ouvindo músicas antigas que fizeram parte da minha história...e a cabeça vai longe...dá uma saudade boa!!!
Beijos e ótima semana pra ti! =)
OI Juni
ResponderExcluiraquela canetinha é muito útil
Juni, o que você nos trouxe ficou completo com suas imagens bonitas!
é com elas que posso lembrar do que se foi. Interessante o que é recordar.
As vezes dói, as vezes alegra
tal como o texto
bj
Que post lindo e que belo poema. Vou ver se encontro esse livro!
ResponderExcluirParabéns!
Bjsssss querida
Esta citação retrata bem cada um de nós,a multiplicidade que somos!
ResponderExcluirBeijinhos
Juni adorei o poema e realmente diz um pouco de como somos...
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