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Ouro, Incenso e Mirra


 A história dos Três Reis Magos é uma narrativa muito bonita, repleta de encantos e muitos ensinamentos, basta que saibamos acessar as interpretações através do fascínio e magia presentes em todas as passagens envolvendo Jesus.
 No âmbito das escrituras, magos não eram bruxos ou feiticeiros, eram homens de grande sabedoria, geralmente sábios astrólogos, outra questão diferente dos dias atuais, pois naquela época a astrologia significava o mesmo que a astronomia de hoje.


 Os Reis Magos são personagens bíblicos, embora tenham sido citados apenas no Evangelho de Mateus.  "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém." (Mateus 2:1) Não há relatos de quantos eram na verdade, porém, deduz-se que eram três pela oferta de presentes. "(...) e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." (Mateus 2:11)


 Há os que dizem serem os magos, sábios astrólogos da época, astrônomos de hoje, pelo fato de terem chegado até o menino Jesus guiados por uma estrela. O fato de serem chamados de reis não nos leva a crer que eram de fato reis, mas na Antiguidade os patriarcas, chefes de grandes clãs ou de grupos étnicos culturais, governavam com os mesmos poderes conferidos aos reis.


 Sabendo que se tratava do nascimento do "prometido", foram até o rei Herodes, cruel e ambicioso. Indagaram a respeito da criança e assim, Herodes sentiu-se ameaçado pelo nascimento de um novo rei. Herodes pediu aos magos que o encontrassem, o adorassem e que falassem a ele onde estava o pequeno rei, para que pudesse adorá-lo também, embora suas reais intenções fossem de matá-lo.


 Os magos demoraram para chegar até o local onde estava Maria com o menino Jesus, desta forma a tradição diz 6 de janeiro ser o dia de Reis, por terem chegado até Jesus nesta data. Estima-se que os reis demoraram realmente muito tempo para chegar, pois vieram do leste para o Oriente até Jerusalém. Entende-se que os reis magos encontraram Jesus não na noite de seu nascimento, como nos conta a história, mas por volta de quando Jesus tinha dois anos de idade. "E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram (...)" (Mateus 2:11) Jesus estava em casa com sua mãe e não na manjedoura no estábulo.
 Mas só isso não nos faz crer que ele teria por volta de dois anos e sim, o versículo do Evangelho de Mateus, que faz com que cheguemos a esta conclusão: "Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos." (Mateus 2:16)


 Herodes sentiu-se extremamente ameaçado com o nascimento de um rei e mandou matar todos os meninos com a idade aproximada que Jesus pudesse estar. Porém, José num sonho, foi avisado por um anjo para que fugisse para o Egito com sua esposa e filho, com a finalidade de não tê-lo morto por Herodes. E lá permaneceram até sua morte e eis que novamente num sonho, José é avisado pelo anjo para que volte a Israel. José, Maria e Jesus voltaram as terras israelenses ficando nas partes da Galileia, em uma cidade chamada Nazaré.


 Toda simbologia da história dos Três Reis Magos baseia-se em dois fatos, primeiro a etnia dos magos e segundo os presentes oferecidos a Jesus.
 Não há relatos bíblicos dos nomes conferidos aos magos e muito menos sobre a origem étnica de cada um deles, porém, há informações de que São Beda, o Venerável (673-735), tenha escritos sobre a origem e nomes dos magos. São Beda, Doutor da Igreja e monge beneditino nas abadias de São Pedro e São Paulo em Wearmouth e na de Jarrow, na Nortumbria, Inglaterra, é uma das máximas autoridades dos primeiros tempos da Idade Média pelo fato de ter recolhido relatos transmitidos oralmente pelos Apóstolos aos seus sucessores, e destes aos seguintes. É também considerado como fonte de primeira mão da história inglesa, sendo muito respeitado como historiador, tendo recebido o título de Pai da História Inglesa.


 No tratado "Excerpta et Colletanea", relata as informações que chegaram até ele: "Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz."
 São Beda foi quem, pela primeira vez, escreveu o nome e origem dos três magos que presentearam Jesus. O primeiro atributo é então, a representatividade das diversas raças humanas através dos magos.


 A segunda insígnia é transmitida através dos presentes que cada um levou a Jesus. Melquior deu ao menino Jesus ouro, o que na Antiguidade estava relacionado com a realeza, pois era um presente reservado aos reis. Entendemos através das interpretações dos textos sagrados que o fato de Jesus ter recebido ouro deve-se à providência Divina para que José não ficasse sem meios de manter-se ao ter de fugir para o Egito.
 Gaspar ofereceu-lhe incenso ou olíbano, presente oferecido aos sacerdotes, sinal de reconhecimento da divindade do ser. Pode representar também a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus, assim como a fumaça nos Céus. "Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde." (Salmos 141:2)
 Baltasar deu-lhe mirra, em reconhecimento da humanidade, porém, a mirra é um símbolo de sofrimento, anunciando assim a caminhada difícil e de grandes dores redentoras que Jesus teve. A mirra era oferecida aos profetas e era utilizada para embalsamar corpos, representava assim, a imortalidade. Estudos no Sudário de Turim encontraram um composto de mirra e aloés no embalsamento do corpo de Jesus. "E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro." (João 19:39,40)
 Assim, temos a simbologia completa. Os Reis Magos representam as raças humanas e os presentes oferecidos reconhecem Jesus como rei, parte da divindade na Terra e profeta.
 Em concordância com esta interpretação, a profecia de David é cumprida: "Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão." (Salmos 72:10, 11)
 As relíquias dos Três Reis Magos foram descobertas na Pérsia pela imperatriz Santa Helena e levadas à capital imperial Constantinopla. Hoje estão na nave central da Catedral de Colônia, desde 1163, em uma urna de ouro e de pedras preciosas.


 Claro que a maioria das histórias contadas a respeito dos Três Reis Magos não relata nada do que foi escrito neste post e isso é perfeitamente compreensível, afinal de contas, está tudo nas escrituras bíblicas, não há nada que omitir ou ocultar, está tudo escrito para quem quiser ler, porém, são pequenos detalhes que tornam a história que comumente conhecemos, resumida e mais simplificada, de modo que possamos melhor compreendê-la e assim passar adianta aos nossos filhos, netos e merecidos bisnetos, se assim for.
 O fato é que desejo que fique bem claro, em nenhum momento deste post eu quis relatar que há omissões por parte bíblica ou que a história dos Reis Magos é fantasiosa! O que quero passar, são fatos históricos verdadeiros e que somam positivamente em nossos conhecimentos, porém, em nada acrescentam na simbologia e ensinamentos reais que deixei bem claros e especificados: a diversidade das raças que creem em Jesus e o significado de cada presente oferecido e que são bem relatados em todos os contos e escritos atuais da história dos Três Reis Magos.


 Àqueles que se dispõe a vivenciar os reais significados da passagem de Jesus desde seu nascimento até a sua crucificação podem adquirir o conhecimento necessário nas Escrituras que nada ocultam ou omitem. A necessidade de exemplificar os ensinos de Jesus se faz a cada instante e as oportunidades que Deus nos dá estão em todos os nossos relacionamentos e experimentos vividos a cada dia. 





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Segunda Natalina: Tenha olhos para ver!



 A história do nascimento de Jesus é de uma simplicidade que me fascina e penso que a todos os cristãos. Quem se dedica a pesquisar as passagens daquele que foi o maior e mais perfeito ser que passou pelo nosso planeta, encontra muitas opiniões, pontos de vista diversos e versões da vida do Mestre Jesus. Por trás de todas as passagens bíblicas, existem interessados de todo tipo, desde os que testificam verdadeiramente a respeito de cada passo do Cristo, até os que propagam versões mirabolantes e cheias de delírios de que Jesus não passou de um profeta comum e sem nenhuma característica que o tornasse especial.


 A maioria das parábolas de Jesus está revestida de alegorias e metáforas necessárias para  o entendimento, segundo a maturidade cultural das pessoas na época. E se até hoje temos dificuldades em colocar em prática o amor ao próximo, a caridade, o perdão e tantas outras lições que Jesus nos ensinou, imaginem naquela época, onde as leis mosaicas estavam tão presentes nos pensamentos, sentimentos e ações das pessoas. Por isso, Jesus usava as parábolas cheias de metáforas para que todos pudessem compreender e colocá-las em prática.


 Mas, como tudo provém da interpretação de cada ser, segundo a procedência de sentimentos que há dentro de cada coração, existem diversas parábolas e passagens de Jesus que são explanadas de formas controversas e errôneas. Tudo depende do que buscas. "E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." Lucas - 11:9  



 Desde os primeiros tempos em que o Mestre evangelizava as pessoas com suas magníficas lições através de mensagens e exemplificação no bem, os escribas e fariseus ou doutores da lei, como eram chamados, tentavam fazer com que Jesus entrasse em contradição com suas palavras e ações. "Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra." João - 8:6
 Porém, não há nada, nenhum relato que possa estar descrito de que o Mestre tenha caído em contradição, não há nenhum registro de passos em falso que Jesus possa ter dado. Toda sua vida, toda sua história está baseada na caridade e amor ao próximo. Interpretações e versões diferentes das que comumente conhecemos são de responsabilidade dos que as fazem, os escritos estão registrados para quem quiser ler, porém, nem todos estão prontos para enxergar o que verdadeiramente significam as lições do Cristo.


 "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram."  João - 20:29

 Essa postagem participa da Blogagem Coletiva, Segunda Natalina, que a Michelle organiza com o Decoração e Invenção.

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Segunda Natalina - Advento de Natal


 E o Natal vem surgindo desde alguns meses por conta da desenfreada atitude consumista que tende a aumentar ano após ano. Mas na verdade, devemos comemorar o surgimento deste tempo de preparação para a celebração do Natal em qual momento?
 Segundo a liturgia da Igreja Católica, o Advento de Natal tem início exatamente quatro domingos antes do dia 25 e se dá até as vésperas deste dia. A data em que se dá início ao Tempo do Advento é o dia exato para preparar a casa com a decoração, montar a árvore e ir colocando os enfeites aos poucos até a chegada do menino Jesus. A árvore e todos os enfeites e ornamentos deverão ser retirados no dia 06 de janeiro, o dia de Reis. Foi neste dia em que três pessoas sábias e iluminadas, ou seja, três magos encontram o menino Jesus e Ele é então revelado a todas as nações. Termina o tempo de Natal e é o momento de desmontar a árvore.


 Além de toda história bíblica sobre o nascimento de Jesus, onde podemos encontrar no capítulo 2 do Evangelho de Lucas o maravilhoso relato desde a chegada do menino Salvador à Terra até os seus doze anos, quando regressando de Jerusalém ao término dos festejos de Páscoa, Cristo demonstra toda sua sabedoria ao se afastar de seus pais e ficar por três dias no templo em meio aos doutores da lei interrogando-os e ouvindo-os, deixando a todos que ali permaneciam admirados por tanta inteligência e bagagem de conhecimentos; embasados nos relatos do Evangelista, o que podemos trazer para nossa realidade?


 Dentro de todos os corações, sem exceções, existe o amor de Deus repousando e esperando o exato momento de florescer. Em dados momentos ficamos mais sensíveis e mais propícios a deixar este sentimento tão sublime brotar, porém, o contrário pode acontecer, ocasionando o caminho reverso ao da entrega de sentimentos benéficos em datas específicas, que transmitam um ensinamento edificante e  que nos conduza aos braços do Pai.
 O que quero dizer com isso é que no Natal existem sempre os que amam e os que odeiam. Aqueles que amam entram no clima apesar de todos os pesares, de todos os problemas, de todas as angústias e aflições, estes deixam com que o tão falado "Espírito de Natal" entre em seus corações, entregam-se de corpo e alma ao verdadeiro significado e sentido de um dia tão especial. Porém, há os que odeiam e infelizmente acabam se entristecendo, mas o problema não é ficar triste ou estar triste por que a data remeta aos entes queridos que já se foram ou que se encontram residindo em locais distantes, o maior problema está na insatisfação e no sentimento gerado a partir deste primeiro pesar que é a tristeza, a partir disto incia-se um processo de ser "anti-Natal", tudo que remete a data não tem importância, não é bom e não merece ser vivenciado. Nada e nem ninguém consegue modificar isto, mas será mesmo?
 Eu tenho minhas dúvidas e acredito que em em algum instante de suas vidas estas pessoas acabam se rendendo, mesmo que não seja com o exato propósito que a data nos traz, mas eu creio que exista uma centelha de contentamento ao ver as luzes piscando nas árvores, os sinos tocando e as pessoas festejando o marco da chegada do Salvador. O fato é que faltam nestas pessoas enxergar que entregar-se a dor e ao sofrimento não trará quem se foi de volta e nem mudará as situações complexas da vida.


 Pois eu, graças a Deus e a uma chama acesa em meu coração não me entrego... Eu me nego a deixar de preparar a casa, deixar de montar a árvore ou de festejar o nascimento de Jesus. Problemas todos nós temos e eu bem sei que ainda terei de passar por muitos ao longo da minha existência, porque ainda estamos no estágio evolutivo de, na maioria das circunstâncias, ter de aprender através da dor.
 Qual sentido faria se eu me recusasse a me preparar de agora até o dia do Natal, sendo que creio em Jesus? O propósito maior é Ele e não há o que possa acontecer que irá tirar essa certeza de dentro do meu coração.


 Que essa luz possa se fazer acesa em todos os corações, dos mais sensíveis aos mais endurecidos e que todos nós possamos a partir de então nos prepararmos para a chegada do Natal... Arrumar a casa, montar a árvore e enfeitar os cômodos deve ser somente a exteriorização de como estamos por dentro, manifestando os sentimentos positivos que devem brotar de dentro para fora, concretizando-se com boas ações e amor ao próximo.
 Preparados para uma incrível jornada de postagens especiais sobre o Natal?


 Esta postagem está participando da blogagem coletiva Segunda Natalina, que acontece no blog da Michelle Decoração e Invenção. Vem conferir quem mais está no clima de Natal...

Lúcia, do blog Home Living For, com Ramo de Natal

Kátia, do blog Katola Karambola , com Brownie com Chocolate Branco

Patrícia, do blog Fuxicando Idéias , com Mini Casinhas de Natal

Cris, do blog Artesanato que eu amo ,com Potes Decorados

Ana, do blog Brincando de Casinha, com Presentinhos de Natal

Rosélia, do blog Espiritual Mimo, com Botinha de Natal

Jussara, do blog Caminhando na Arte, com Decoração de Natal

Lúcia, do blog Koisinhas Chiques, com Guirlanda de Natal

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