A Páscoa é uma das comemorações cristãs mais importantes para a igreja católica tendo como significado a morte e ressurreição de Jesus.
Na quaresma, que é o período de quarenta dias que antecedem a Semana Santa, os fiéis recolhem-se para uma introspecção e reflexão sobre suas ações. Normalmente fazem pequenos sacrifícios durante esse período, como deixar de comer ou beber algo que gostem.
Interessante saber que os quarenta dias aparecem em diversas passagens bíblicas como em Lucas 2:22, Lucas 4:1-2, Atos 1:1-3.
Na Semana Santa a tradição é de sacrificar-se deixando de comer carne vermelha e na Sexta-feira Santa essa penitência é ainda mais forte, sendo que o fiel deveria fazer um grande sacrifício jejuando ou comendo pão e água, porém,
ao longo dos tempos isso foi sendo revertido para o consumo do conhecido e famoso bacalhau.
Nós somos espíritas e não temos esse costume aqui em casa, embora não julgamos quem o tenha. Cada indivíduo é único e deve fazer aquilo que se sente bem, que lhe traz paz e se não comer carne vermelha ou qualquer outro alimento lhe traz equilíbrio e conexão com a divindade, está tudo em harmonia!
Independe de religião, nós comemos peixe sendo ou não Semana ou Sexta - Feira Santa.
Independe de religião, decoro minha casa na Páscoa ou no Natal.
Sinto-me bem, tenho paz e está tudo certo!
Nós temos o costume de todo ano quando viajamos para o litoral no Réveillon trazermos peixe e camarão. Assim vou fazendo ao longo dos dias, uma vez que o consumo de peixe é mais saudável que o de carne vermelha por ser uma proteína de fácil digestão e rica em aminoácidos essenciais que não são produzidas pelo organismo.
A Organização Mundial De Saúde recomenda o consumo de 12 quilos de peixe ao ano por pessoa. O brasileiro consume em média 7 quilos ao ano.
Hoje eu trouxe uma receita que fiz com filé de linguado que trouxemos do litoral.
O linguado é um dos peixes de menor valor calórico, tendo em 100 gramas de porção cozida 116 calorias além de ser rico em ômega 3, fósforo, potássio e selênio.
A receita foi feita com a técnica de papillote que nada mais é do que o cozimento de uma proteína e legumes envoltos em um pedaço de papel manteiga, alumínio ou sacos de plástico poliuretano.
O saco de poliuretano fica bem bonito na sua apresentação, o alumínio é o mais fácil de ser encontrado e o papel manteiga é o material mais rústico, antigo e original desta técnica.
Esse tipo de cozimento preserva o sabor natural do alimento e todos os seus nutrientes além de deixar a proteína macia, úmida e suculenta.
Os franceses chamam-na de papillote.
Os italianos de cartoccio.
A técnica consiste em temperar o alimento com azeite, sal e pimenta e fazer um embrulho deixando a parte de cima sem tocar no peixe para que com o calor do forno ela possa inflar e cozinhar o alimento no vapor de sua própria água que irá evaporar.
Esse é o segredo, fechar bem e deixar alto na parte de cima.
Para servir leve os embrulhos direto à mesa, não tenha medo, é assim que se saboreia, cada um abre seu próprio papelote.
O sabor fica muito delicado, suave e saboroso.
Assei os filés com cebola branca, azeitonas pretas e pimentões vermelho e amarelo, servi com salada de grão de bico e arroz branco.
Os filés foram temperados apenas com sal, pimenta branca moída na hora e azeite de boa qualidade. Levei para assar com as cebolas, as azeitonas e os pimentões nos papelotes por cerca de quinze minutos a 180 graus.
Além do peixe você poderá assar frango, cogumelos e legumes envoltos no papelote.
Cuidado ao abrir seu papelote, o vapor irá sair e você pode se queimar.
Servir uma proteína ou legumes assados em papelotes fora do embrulho é quase que inadmissível, uma vez que a degustação tem início com a experiência visual e olfativa.
Espero que tenham gostado do prato e que façam em suas casas. E se fizerem venham compartilhar comigo, marque em suas postagens que irei amar saber e ver que se animaram a fazerem!
Beijos de luz!
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